Por: Fábio Linhares
Nos últimos anos - com tanta inovação acontecendo está cada vez mais difícil não começar o texto assim - a terceirização de mão de obra especializada tem se tornado mais popular no setor de Tecnologia da Informação, mas não só nele. Para situar os leitores, de modo geral, a ideia de terceirização de mão de obra teve origem nos anos 60 nos Estados Unidos, quando as empresas buscavam formas de reduzir custos e se concentrar em suas atividades principais. Até pouco tempo atrás, havia uma distinção clara entre atividades-fim (core business) e atividades-meio (apoio), de modo que a terceirização era usada apenas para a última. Hoje, essa diferenciação deixou de ser relevante e a terceirização passou a ser aplicada em quaisquer atividades (meio e fim).
Pensando no setor de TI, nosso core business, outsourcing, que é nome bonito de um modelo de negócio em que uma empresa contrata outra empresa (externa) para realizar serviços ou atividades que normalmente seriam feitas internamente e, segundo a FGV, isso torna as empresas contratantes mais valiosas. Na prática, outsourcing consiste na contratação de profissionais altamente qualificados para desempenhar funções específicas dentro da empresa contratante. Como dizem por aí:
mas sem ter que me preocupar em divulgar vagas, fazer entrevistas, selecionar e treinar candidatos. Delivery. “Mande 5 especialistas, fecha a conta e passa a régua”. A frase é famosa e não tem como não recordar do personagem icônico do Tom Cavalcanti: “João Canabrava”. Brincadeiras à parte, terceirização é mais ou menos assim: em vez de manter uma equipe “própria”, você a busca em empresas especializadas. As razões são diversas, mas, principalmente, para reduzir custos e manter os profissionais atualizados em um cenário de constantes mudanças tecnológicas. Existem, diversos tipos de terceirização, umas mais famosas, outras menos, mas, no nosso ramo, TI, pelo menos 6 são bastante conhecidas:
a terceirização de desenvolvimento de software: em que as empresas contratam profissionais para desenvolver softwares personalizados que atendem necessidades específicas;
a terceirização de suporte técnico: em que as empresas contratam profissionais para fornecer suporte técnico aos seus times e clientes;
a terceirização de gerenciamento de infraestrutura: em que as empresas contratam profissionais para gerenciar seus sistemas, servidores, redes e bancos de dados;
a terceirização de processos de negócios: em que as empresas contratam profissionais para gerir serviços financeiros, contabilidade, recursos humanos, gerenciamento de documentos e etc;
a terceirização de segurança cibernética: em que as empresas contratam profissionais para proteger seus sistemas, redes e dados contra ameaças cibernéticas;
a terceirização de processamento de dados: em que as empresas contratam profissionais para processar seus dados e/ou coletar, armazenar, processar, analisar e gerenciar dados para a contratante.
“Tudo bem, terceirizar é legal, mas eu prefiro ter uma equipe própria e selecionar um a um os profissionais que a compõe. Afinal, quem saberá mais do meu negócio do que eu?” Certamente alguém já pensou assim e acredito que esteja certo. Provavelmente, você é o maior conhecedor do seu negócio, mas a rápida evolução tecnológica, como quase tudo na vida, tem prós e contras. Os prós geralmente podem ser lidos em diversos sites de entusiastas tech. Os “contras”, no entanto, são mais observados no dia a dia e na prática. Um deles é a necessidade de investimento constante em atualização. Como assim? A partir de que prisma investir em atualização dos profissionais pode ser um “contra”? Simples, quando você precisa pagar novos cursos toda vez que as ferramentas são atualizadas ou cada vez que surgem novas tecnologias.
Voltamos à ideia de terceirizar para reduzir custos? Sério mesmo? Sim. Considerando que o setor de T.I. é uma das áreas mais importantes e dinâmicas da economia moderna, para que as empresas permaneçam ativas e dando lucro são necessárias equipes altamente qualificadas para, por exemplo, desenvolver e manter sistemas, aplicativos e infraestruturas que suportem os negócios. Isto é fato. No entanto, manter tais equipes pode ser muito caro, principalmente porque a demanda por elas é alta e a oferta é relativamente limitada. É a velha Lei da oferta e da procura. Simples assim.
E nem precisamos dizer que os custos não se limitam a salários (que geralmente são bem altos para aqueles com experiência e habilidades especializadas), mas incluem benefícios, treinamentos, equipamentos, “benefícios competitivos” para mantê-los, tais como planos de saúde, vale-alimentação e incentivos para a educação e desenvolvimento profissional e por aí vai. Com certeza, quem consegue contratar um bom profissional não quer perdê-lo para a concorrência. O problema é que tudo isso acaba elevando muito os custos envolvidos em manter um colaborador, o que por si só pode ser um desafio para as empresas que buscam equilibrar despesas e orçamentos. Mas este não é o foco aqui. Não vamos nos perder.
Como dissemos alguns parágrafos acima: os “contras” da evolução tecnológica são mais observados no dia a dia. Eu diria no bolso, mas no dia a dia fica menos desanimador. Mas é certo que um “contra” relacionado à necessidade de investimentos em aperfeiçoamento profissional dos colaboradores é discutível. Não temos dúvidas, mas não é nosso foco aqui. Nosso objetivo com o exemplo é apenas destacar que, seja investimento, seja despesa (você decide), manter profissionais atualizados demanda um custo financeiro. Todavia, com a terceirização as empresas obtêm acesso a esses profissionais sem enfrentar os custos associados (pelo menos não todos), e isso geralmente elimina os custos de treinamento e desenvolvimento, de benefícios, infraestrutura de TI, equipamentos, softwares e etc. Só por isso acreditamos que a terceirização já vale a pena.
Mas não se enganem, embora a redução de custos possa ser um grande “empurrão” em favor da terceirização, com certeza não é o único. Gerenciar projetos de T.I., com certeza, não é a 8ª maravilha do mundo moderno. Projetos de T.I. geralmente são complexos e envolvem diversos stakeholders (partes interessadas) e etapas de desenvolvimento. Para lidar com tudo isso as empresas precisam adotar abordagens eficientes de gestão e metodologias específicas de gerenciamento e acompanhamento de projetos, o que envolve definir objetivos claros, estabelecer prazos realistas, identificar riscos e planejar recursos, bem como, ou até mesmo, “principalmente”, garantir comunicação efetiva entre as partes interessadas e acompanhar regularmente o progresso. É muita coisa mesmo, e, às vezes, isso não tem nada a ver com o core business da empresa, mas sem uma gestão eficiente não é possível garantir que os projetos sejam concluídos no prazo, ou em qualquer prazo, assim como não é possível garantir que os projetos permanecerão dentro do orçamento ou que atenderão aos requisitos e expectativas dos usuários finais.
Além da mão de obra eficiente, a terceirização oferece flexibilidade e escalonamento de acordo com as necessidades das empresas, o que, na prática significa dizer: garantia de recursos especializados para os momentos em que as demandas do mercado ou dos projetos, sejam eles pequenos, médios ou de grande porte, aumentam, e diminuição dos gastos quando as necessidades diminuem. Em outras palavras: ampliando ou diminuindo o tamanho da equipe conforme a necessidade. Uma outra vantagem da terceirização é a orientação a resultados, o que garante que as necessidades serão atendidas de forma eficiente e eficaz, com entregas de alta qualidade dentro dos prazos pré-estabelecidos.
Parece tudo ótimo, “mil maravilhas!”. É provável que ao chegar até aqui você pense: “ok, a terceirização é o suprassumo e a bola da vez. Vamos terceirizar tudo”. Calma lá. Não é bem assim. Qualquer gestor mais experiente sabe que não existe “bala de prata”. Costumamos dizer isso em vários cenários distintos e parece nunca perder o sentido. Têm cenários e situações em que é melhor terceirizar, em outros, é melhor ter uma equipe própria. Você, gestor, sabe disso melhor do que nós. Não temos dúvidas, mas sabe quando não é bom ter “a própria equipe”? Aqui pedimos licença para fazer uma pequena tangente.
Investir recursos para formar uma equipe própria não é a melhor opção quando não dominamos os conhecimentos necessários para avaliar os profissionais. Parece óbvio, mas não é. Você conhece tudo do seu negócio, mas pode não saber o que precisa para contratar o especialista que atuará em uma área crítica do seu projeto ou empresa. Nesses casos, a contratação de profissionais desqualificados pode, sendo bem otimista, seja por inexperiência, seja por falta de conhecimentos, reduzir a qualidade dos serviços prestados, atrasar as entregas e criar retrabalho, como também pode causar prejuízos financeiros, problemas de segurança, de conformidade e, um dos piores possíveis, danos à reputação da empresa, o que pode levar a uma perda de clientes e receita.
Sabe quando não é recomendado ter a própria equipe também? Quando não dominamos as melhores técnicas de entrevista. Outra obviedade. E bem poderia estar embutida no parágrafo anterior, mas você pode entender tudo do assunto e mesmo assim não conseguir “separar o joio do trigo”. Por isso preferimos separar o conteúdo. Ao realizar uma entrevista para uma posição que requer conhecimentos específicos, é importante que o entrevistador possua o conhecimento adequado sobre a função e sobre as habilidades, desafios e conhecimentos necessários para superá-los. Isso geralmente envolve muito mais que a leitura da descrição do cargo, a pesquisa sobre as habilidades e conhecimentos necessários e a análise do currículo do candidato. Caso o entrevistador não possa avaliar adequadamente as competências dos candidatos, as chances de escolher mal são elevadas. Não se engane. Não é fácil mesmo.
Em geral, todos sabemos disso: a entrevista é uma das principais ferramentas de seleção de candidatos e pode ser fundamental para identificar, inclusive, se o profissional possui os comportamentos necessários para desempenhar a função desejada. Sem ela pode ser difícil determinar se o profissional se encaixa na cultura da empresa ou se possui a motivação e o comprometimento necessários para entregar o que se espera, evitando assim a rotatividade de funcionários. Em contrapartida, uma seleção malfeita leva à perda de tempo e recursos para realizar um novo processo seletivo em busca do substituto.
Pronto. Concluímos a tangente. Se a contratação de profissionais desqualificados é um risco para os negócios, a terceirização é uma benesse, pois garante que apenas os mais qualificados para cada caso sejam escolhidos. Além disso, outro objetivo importante da terceirização é agregar valor aos negócios. Ao contratar profissionais especializados, as empresas têm acesso a conhecimentos, habilidades e experiências que não possuem internamente, e que não são dominados pela grande maioria dos profissionais do mercado, o que, por si só, aumenta a capacidade de inovação e de solução de problemas.
Então, respondendo à pergunta que dá título ao texto: por que terceirizar? Basicamente, porque a necessidade crescente das empresas se manterem atualizadas e as constantes mudanças tecnológicas aliadas à redução de custos tornaram a terceirização de mão de obra, principalmente a especializada em TI, uma tendência irreversível. Daria para dizer irresistível também. Então é isso, devemos terceirizar porque todo mundo está terceirizando? Não é bem assim. Há pouco falamos de cenários onde não é recomendado ter uma equipe “própria”, assim como falamos dos benefícios de ter uma equipe terceirizada, mas você certamente saberá identificar quais cenários são mais indicados para o seu negócio. E se não souber, sempre pode contar conosco para descobrir.
O que é interessante destacar, é que segundo o Estadão e a Central Brasileira do Setor de Serviços, lá em 2019, antes mesmo do pesadelo da pandemia, o outsourcing já era uma realidade no Brasil. E de acordo com dados do IBGE daquela época, havia uma tendência de aumento constante do índice de terceirização, que naquele momento era de mais de 20% de toda a força de trabalho disponível no Brasil. Atualmente, de acordo com pesquisa do Gartner e da BCG, da pandemia para cá, houve uma ampliação da aceitação do outsourcing como estratégia para suportar e gerenciar as transições digitais forçadas pela crise.
Os dados obtidos revelam que mais de 60% das empresas são muito propensas a continuar com contratos de outsourcing de TI, inclusive para manter a continuidade das operações de negócios. Para muitas das empresas atrair talentos em TI por conta própria é um obstáculo muito difícil, e para 89% das organizações pesquisadas o acesso ao talento digital será um dos maiores desafios que enfrentarão nos próximos dois anos. Não por outra razão uma proporção quase igual de empresas preveem uma maior dependência outsourcing no futuro. Isso é particularmente verdadeiro para empresas que aceleram ou repensam as agendas de transformação digital. E para finalizar, haja vista a extensão das pesquisas, muitas das empresas, principalmente aquelas que focam em qualidade, flexibilidade e inovação, esperam aumentar seus investimentos em terceirização, o que comprova que a terceirização é uma tendência irreversível.
E não é para menos, de acordo com analistas do Gartner, “os gastos com serviços de TI estão crescendo mais rapidamente do que os serviços internos em todos os setores”, o que tem feito com que profissionais qualificados na área de TI migrem de empresas do setor corporativo para empresas especializadas em fornecer serviços de tecnologia, vez que estas geralmente oferecem melhores salários e perspectivas de carreira.
Esse é o cenário global e diversas grandes empresas estão seguindo a tendência. Só para dar um overview, 59% das empresas que optaram por outsourcing, entre elas: Slack, WhatsApp, Skype, GitHub, Alibaba, Google, MySQL, Opera, Kumon, Metrô de Madrid, Burger King e no Brasil, Natura, que lançou uma ferramenta de comércio por voz utilizando o Google Assistente e os usuários podem usar o comando “OK Google, falar com Natura”, para executar ações como busca por produtos e etc. minimizaram gastos, Legal né? De acordo com pesquisa da Kantar, encomendada pelo Google, 37% dos brasileiros usam o Google Assistente pelo menos 3 vezes na semana, sendo que 21% dos respondentes o utilizam diariamente. Sabendo disso, a ideia da Natura foi terceirizar os serviços necessários para desenvolver uma solução que realize conexões com o e-commerce da Rede Natura por meio de APIs que utilizam inteligência artificial para criar uma linguagem mais natural e ampliar as vendas. #como_não_pensei_nisso_antes?
Tudo bem, este texto já está longo demais. Terceirização é o caminho entre as pedras. Sim. Se você fugir dela pode acabar perdendo bons profissionais. Mas por que a First Decision? Não é o foco do texto, mas sem dúvida é uma pergunta válida. E a resposta é simples: porque a First Decision é uma empresa líder no setor de outsourcing de TI que atende necessidades de alocação de recursos técnicos e equipes dedicadas e/ou multidisciplinares há 20 anos, porque a First Decision tem mais de 300 colaboradores especializados nas mais diversas áreas, todos orientados à inovação, à colaboração, adaptáveis, orientados ao trabalho, apaixonados por pessoas e por entregar soluções, porque além de uma vasta experiência no mercado, nosso foco é o resultado, a redução de custos, a flexibilidade, a melhoria da qualidade dos serviços e a otimização do tempo, e tudo isso respeitando as boas práticas, com estratégias definidas conjuntamente com os clientes, o que diminui os desafios relacionados à comunicação, qualidade e segurança dos negócios e, também, porque a First Decision tem conquistado grande sucesso com seus clientes, oferecendo soluções que realmente fazem a diferença no dia a dia deles, ajudando-os a alcançar seus objetivos de negócio e melhorando sua produtividade, enfim, porque somos a First Decision. Fecha a conta e passa a régua.
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